Mais um livro para a vasta bibliografia sobre o Botafogo, time da estrela solitária. Mais um título do editor botafoguense, Cesar Oliveira, da LivrosdeFutebol.com.
“O maior Botafogo de todos os tempos”, pelo fanatismo do torcedor-leitor botafoguense promete polêmica por conta das escolhas do autor, ninguém menos do que Roberto Porto, um dos maiores jornalistas esportivos do país.
Sinopse (da editora):
Neste livro, sem medo de polêmica e críticas, Roberto Porto, do alto do seu tremendo DNA botafoguense, aproveitando a inimputabilidade dos mais de 70 anos de idade, assume todos os riscos para indicar aquele que, em sua abalizada opinião, seria o esquadrão que conquistou o título mais importante da gloriosa história do Botafogo.
Como indicar um em meio a tantos esquadrões poderosos, bases da Seleção Brasileira, povoados por uma legião interminável de ídolos, craques e lendas do futebol brasileiro e mundial? Como escolher um time entre tantos sem correr o risco da polêmica. Está aberta a polêmica. Porto sabe que corre riscos, ainda mais perante uma torcida tão politizada e desbragadamente crítica como a da Estrela Solitária.
Uma paixão, quatro livros
Por Roberto Porto
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Arte: Ique |
Sei muito bem que o Botafogo – apontado pela FIFA em 2000 com um dos 12 maiores clubes do Século XX – teve, a partir da década de 40, uma infinidade de êxitos, no Brasil e no exterior, vitórias espetaculares sobre seus mais temíveis adversários, um título brasileiro (1968), dado politicamente pela CBF, três bicampeonatos cariocas, seis conquistas da Taça Guanabara, cinco da Taça Rio e nada menos do que um tetracampeonato do Torneio Rio-São Paulo e ainda uma Conmebol.
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Botafogo, 1962 |
Qual a razão? Não sei explicar. Vocação para o erro? Disputas internas? A perda de General Severiano e os 21 anos sem títulos? Superstições em excesso? Falta de comando no departamento de futebol? Pouco profissionalismo? Sigo sem entender.
É por isso que, sob a presidência de Carlos Augusto Montenegro e o comando técnico de Paulo Autuori, considero o maior Botafogo de todos os tempos (de 1940 até hoje) o que obteve o Campeonato Brasileiro de 1995, em pleno Pacaembu, diante do Santos.
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Botafogo, campeão brasileiro 1995 |
Alguns torcedores alvinegros podem discordar de mim. É um direito que lhes assiste.
Mas pergunto: de que adiantaram craques fervilhando em General Severiano, Marechal Hermes e Caio Martins? Rigorosamente pouca coisa.
Quem duvidar de mim, que duvide. Mas de Botafogo entendo um pouco. Não tanto quanto gostaria. Mas o bastante a partir do momento em que por ele me apaixonei...
Sobre Roberto Porto:
Jornalista, escritor e historiador botafoguense. Trabalhou em todos os jornais cariocas e na revista "Fatos & Fotos". Pai de Roby Porto, narrador; irmão de Carlos Porto, arquiteto do Engenhão. É autor de vários livros sobre o Botafogo, seus feitos e personagens: "Didi: treino é treino, jogo é jogo" (série "Perfis do Rio", da editora Relume Dumará); "Botafogo: 101 anos de histórias, mitos e superstições" (Revan, 2005); "Botafogo: o Glorioso!", da série "Paixão entre linhas" (Leitura, 2009). Atualmente, é um "louco por futebol" da ESPN Brasil.